domingo, 13 de junho de 2010
Sexualidade ontem e hoje, para o amanhã
SEXUALIDADE hoje e os ganhos que poderia ter tido e ainda não teve.
Com a manifestação da sexualidade liberada, o ganho poderia ter sido muito maior do que foi. Como energia refreada não se poderia esperar muito alem do que se obteve, mas se espera que, após o tsunami da liberdade(que sugeriu, muitas vezes e em muitos lugares, muitas culturas, mais uma libertinagem), se possa retomar o caminho, ou os caminhos (porque variáveis) que levam à plenitude da sexualidade.
Alem da fome pela liberdade, o não saber usar esta, o querer tirar proveito logo do que foi negado tanto tempo, associado à percepção geral da pressa ("as coisas para ontem"), tudo foi causa do pouco proveito que se tirou em termos de solidez nas conquistas, com o mínimo de dor imposta ou que ficou, eventualmente, nos embates do novo, ainda pouco crível.
Ora, ao invés de isto “trazer” o homem para a sexualidade feminina, mais ampla, mais plena, porque mais envolvente e mais global (incluindo o ser como um todo, coração e alma), “ensinando-o”, por exemplo, a namorar (como o homem "tolera", ainda nas aproximações do namoro), a mulher “entrou na do homem”, buscando a quantidade e “se satisfazer” logo, como se o mundo fosse acabar e a limitação do machismo fosse voltar a imperar. As mulheres teriam de comprovar virgindade, inexperiência, candidez, pureza, fidelidade, e tudo isto não seria mais, novamente, exigido dos homens. Não entenderam a grandeza do momento. Lambuzou-se, a mulher, toda, e viveu sua liberdade “mostrando” a si mesma que está livre, como se fosse algo realmente inatingível e não duradouro. A mulher não acreditou na conquista...
A ressaca de tais atitudes passará logo, até porque a mulher se deixou, de certa forma, que a banalizassem, e ela mesma acabou fazendo isto, aceitando o sexo algo comerciável, no sentido mais completo do termo. Isto tornou de pouco valor a mulher, minimizando sua dignidade, o que poderia ser um “ganho” para o machismo, embora não suficiente para o ressuscitar. Descartável, como o homem sempre foi, sem o perceber. Em qualquer esquina, se não der certo aqui, encontro outra. É diferente para a mulher, porque esta cria raízes mais facil e mais profundamente, tendo dificuldade, a longo prazo, de se fixar novamente em uma relação sólida (embora se refaça melhor, mais firme, após a tempestade da separação, justamente ao contrário do homem, que percebe a mesma com liberdade mas logo se vê privado de si mesmo, sem chão, no mais das vezes). Não podemos comparar as percepções de tais “andanças” no mundo do sexo, entre o macho e a fêmea. Esta é mais exigente com tudo, inclusive com ela mesma, e “precisa” estabilidade, o que a percepção da sexualidade como tem ocorrido neste início de liberdade não tem propiciado. Tudo perdeu, então, a solidez. Não se poderia confiar, entregar-se (a mulher “se entrega”, corpo e alma, mais alma talvez, e mais fácil e mais pleno, embora isto tambem traga compensação, é evidente).
Assim, a mulher buscará o que carece, ou seja, o respeito, o diálogo, o carinho, enfim, a igualdade na relação, cada um ocupando seu espaço, mas este ampliado para ambos. Usará sua liberdade para “exigir” o prazer, o cuidado, a dedicação, e não para sair por aí em busca do que não sabe exatamente, “batendo cabeça”, sofrendo e fazendo sofrer.
A liberdade não veio para provar nada, ou para um viver a sexualidade do outro, mas para encontrarem, ambos, a alegria da partilha.
Isto aconteceu também em outros campos, onde a mulher veio ocupar espaço. Na medicina, por exemplo, profissão altamente machista, onde as mulheres eram uma exceção. A mulher, ao se tornar médica, não impôs sua condição de acolhimento, seu carinho, sua percepção extra sensorial, o que seria o faltante na medicina de hoje, que tenta ser mais ciência que arte. Muito antes, quis fazer como o homem, e o copiou no que o homem trouxe de pior, à medicina. Quis, claro, mostrar sua capacidade igual e, para isto, abafou suas características, das quais tanto carecia (e carece) a medicina. O que parece frágil ao homem para o exercício da arte médica é farto na mulher e é essencial para a medicina: justamente a sensibilidade, a capacidade de se envolver, se emocionar, se entregar. Isto a mulher está, ainda, a dever à medicina e à humanidade.
Com a manifestação da sexualidade liberada, o ganho poderia ter sido muito maior do que foi. Como energia refreada não se poderia esperar muito alem do que se obteve, mas se espera que, após o tsunami da liberdade(que sugeriu, muitas vezes e em muitos lugares, muitas culturas, mais uma libertinagem), se possa retomar o caminho, ou os caminhos (porque variáveis) que levam à plenitude da sexualidade.
Alem da fome pela liberdade, o não saber usar esta, o querer tirar proveito logo do que foi negado tanto tempo, associado à percepção geral da pressa ("as coisas para ontem"), tudo foi causa do pouco proveito que se tirou em termos de solidez nas conquistas, com o mínimo de dor imposta ou que ficou, eventualmente, nos embates do novo, ainda pouco crível.
Ora, ao invés de isto “trazer” o homem para a sexualidade feminina, mais ampla, mais plena, porque mais envolvente e mais global (incluindo o ser como um todo, coração e alma), “ensinando-o”, por exemplo, a namorar (como o homem "tolera", ainda nas aproximações do namoro), a mulher “entrou na do homem”, buscando a quantidade e “se satisfazer” logo, como se o mundo fosse acabar e a limitação do machismo fosse voltar a imperar. As mulheres teriam de comprovar virgindade, inexperiência, candidez, pureza, fidelidade, e tudo isto não seria mais, novamente, exigido dos homens. Não entenderam a grandeza do momento. Lambuzou-se, a mulher, toda, e viveu sua liberdade “mostrando” a si mesma que está livre, como se fosse algo realmente inatingível e não duradouro. A mulher não acreditou na conquista...
A ressaca de tais atitudes passará logo, até porque a mulher se deixou, de certa forma, que a banalizassem, e ela mesma acabou fazendo isto, aceitando o sexo algo comerciável, no sentido mais completo do termo. Isto tornou de pouco valor a mulher, minimizando sua dignidade, o que poderia ser um “ganho” para o machismo, embora não suficiente para o ressuscitar. Descartável, como o homem sempre foi, sem o perceber. Em qualquer esquina, se não der certo aqui, encontro outra. É diferente para a mulher, porque esta cria raízes mais facil e mais profundamente, tendo dificuldade, a longo prazo, de se fixar novamente em uma relação sólida (embora se refaça melhor, mais firme, após a tempestade da separação, justamente ao contrário do homem, que percebe a mesma com liberdade mas logo se vê privado de si mesmo, sem chão, no mais das vezes). Não podemos comparar as percepções de tais “andanças” no mundo do sexo, entre o macho e a fêmea. Esta é mais exigente com tudo, inclusive com ela mesma, e “precisa” estabilidade, o que a percepção da sexualidade como tem ocorrido neste início de liberdade não tem propiciado. Tudo perdeu, então, a solidez. Não se poderia confiar, entregar-se (a mulher “se entrega”, corpo e alma, mais alma talvez, e mais fácil e mais pleno, embora isto tambem traga compensação, é evidente).
Assim, a mulher buscará o que carece, ou seja, o respeito, o diálogo, o carinho, enfim, a igualdade na relação, cada um ocupando seu espaço, mas este ampliado para ambos. Usará sua liberdade para “exigir” o prazer, o cuidado, a dedicação, e não para sair por aí em busca do que não sabe exatamente, “batendo cabeça”, sofrendo e fazendo sofrer.
A liberdade não veio para provar nada, ou para um viver a sexualidade do outro, mas para encontrarem, ambos, a alegria da partilha.
Isto aconteceu também em outros campos, onde a mulher veio ocupar espaço. Na medicina, por exemplo, profissão altamente machista, onde as mulheres eram uma exceção. A mulher, ao se tornar médica, não impôs sua condição de acolhimento, seu carinho, sua percepção extra sensorial, o que seria o faltante na medicina de hoje, que tenta ser mais ciência que arte. Muito antes, quis fazer como o homem, e o copiou no que o homem trouxe de pior, à medicina. Quis, claro, mostrar sua capacidade igual e, para isto, abafou suas características, das quais tanto carecia (e carece) a medicina. O que parece frágil ao homem para o exercício da arte médica é farto na mulher e é essencial para a medicina: justamente a sensibilidade, a capacidade de se envolver, se emocionar, se entregar. Isto a mulher está, ainda, a dever à medicina e à humanidade.
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